Projeto El Condor.

Setembro 2010.



Viagem à Argentina e Chile.


Projeto El Condor.


Diário de Bordo.


Dia 01.

04 de setembro, às 7:45 da manhã zarpamos para uma aventura de 8000 km pela Argentina e Chile no Cherrie, entenda-se Peugeot 206 SW.
Bagagem: Além do piloto e co-pilota Gima e Aninha, respectivamente, 2 bicicletas mountainbikes, 6 bolsas de viagem com roupas de todos os tipos, desde macacão para esquiar, até shorts para nadar no Pacífico, rs…
Documentação (exigências internacionais): Carta verde, CNH e RG, autorização fronteiriça e pesos argentinos. Acessórios exigidos pela lei argentina: 2 triângulos de sinalizacão, um cambão e 2 sacos mortuários. Tudo serve para o Chile. Alguma documentação extra, faremos na aduana chilena.

A viagem:

Saímos de Foz do Iguaçu com teperatura de 15 graus. Tempo fechado.
Depois de cruzarmos a fronteira e ter a documentação checada e carimbada, saímos de Puerto Iguazu, na Argentina, em direção à Posadas, capital da Província de Missiones, distante 310 km. Chegamos ao meio dia e às margens do Rio Paraná, onde a Argentina faz divisa com o Paraguai, almoçamos um delicioso frango com passas feito com farofa goiana num banco de uma pracinha na Avenida Costanera. Delicioso. Detalhe: prato feito em casa a 4 mãos, que foi assediado por um casal de argentinos que passeava pela praça, querendo saber detalhes sobre o tempero.

Na Estrada:

Até então fomos parados pela polícia caminera (polícia rodoviária argentina) 2 vezes em 4 postos de controle. Los Hermanos não nos decepcionaram. Fomos muito bem tratados. A arrogância costumeira, típica de argentinos, não foi demonstrada até o momento, inclusive, para nossa surpresa, foram muito simpáticos e bem humorados.
A Estrada RN 12 está muito bem conservada, e com pedágios baratos, $1,50; $ 2,40, o que corresponde a R$ 0,70 e R$ 1,20, respectivamente. Nada de imprudências na Estrada.

A Paisagem:

Nos primeiros 400 km já se nota uma acentuada mudança na vegetação, já que estamos cruzando um trecho dos pampas argentinos. Muitos campos abertos e uma vista do Lago Yacyreta-Apipé (não me peçam para traduzir, o google não está disponível) muito bonita. A Estrada por aqui tem muitas longas retas de até 40 km. Não se vê aclives ou declives, tudo muito plano.
Esperamos chegar em Corrientes, Capital da Província de mesmo nome para pernoitarmos.



Como chegamos muito cedo em Corrientes, por volta das 16:00 h, aproveitamos para dar uma volta pela famosa Avenida Costanera. Corrientes e Resistência, capital da Província del Chaco, são separadas pelo Rio Paraná. Um bonita ponte liga as duas capitais. Resolvemos, então, pernoitar em Resistência, a 20 km de distância, do outro lado do rio.
Foi difícil  encontrar hotel em Resistência, uma vez que alí existem poucas opções. Ficamos no Gran Hotel Royal, um hotel regular, mas com um ótimo chuveiro. O atendimento também foi muito bom.
Já instalados, saímos para conhecer a noite de Resistência numa caminhada um tanto movimentada. No centro da cidade há uma rua “peatonal” entenda-se rua exclusiva para pedestres. Todo o comércio da cidade parace estar localizado alí. Várias lojas com promoções convidativas para os moradores locais, mas para nós, que viemos da fronteira com  Porto Iguassu, estava tudo mais caro. Preços que pareciam até mais salgados que no Brasil quando convertíamos a moeda.
Poucas opções de restaurantes nesta rua.
Voltamos ao hotel já tarde.

Dia 02.

De manhã, o café nos  aguardava com “media lunas”, uma geléia muito gostosa, doce de leite , suco e café com leite, incluidos na diária.
Pegamos a Estrada às 10 da manhã rumo a Córdoba, capital da província de mesmo nome, distante 900 km. A viagem se deu sem muitas novidades, visto que a paisagem era sempre a mesma; muitos campos de pastagens, retas intermináveis e um bom asfalto. Fomos parados 2 vezes pela policia caminera. Sem maiores problemas, seguimos viagem e pagamos pedágios baratos.
Passamos por Santa Fé, capital da província do mesmo nome, já às 17:00 h. Foi aí que decidimos pernoitar em San Francisco, distante 110 km de Santa Fé, porque o sol não dava trégua. Como estávamos em direção oeste, ele batia em nossos olhos com todo o potêncial de raios, tornando nossa viagem perigosa.
San Francisco nos surpreendeu. O que parecia uma típica cidade interiorana, se tormou um pesadelo para nós. Um trânsito que mais nos lembrava São Paulo na hora do rush! Todo mundo estava nas ruas passeando, de carro ou motocicleta. Incrível mesmo foi ver motos com 4 pessoas empilhadas, sendo que 2 delas eram crianças, e sem capacetes, diga-se de passagem! Tudo muito barulhento para um domingo, tínhamos que andar a 10 km / h atrás de hotel, sem dizer que hotel só existem 4 na cidade.
Hotel Mitre foi nosso escolhido, um bom hotel com tudo o que precisávamos para o pernoite, inclusive internet sem fio, o que possibilitou a minha postagem neste blog.
Saímos para jantar. Uma pizzeria, mas comemos sanduiches. Voltamos para o hotel prontos para descansar  e nos prepararmos para o...

Dia 03.
Segunda postagem.