Projeto El Condor, parte 6.

Dia 13.


Gilmar e eu passeamos de bicicleta pela manhã fria e nublada de Pucón, uma região cercada de montanhas nevadas, lagos de água transparente, florestas, parques nacionais, rios, termas e praias vulcânicas. Quando o céu clareou, lá estava ele, espalhando fumaça pelo céu muito azul de uma tarde de setembro. O Vulcão que eu tanto procurava, senhor absoluto da região e da viagem. O Villarrica, um dos vulcões mais ativos do Chile e da América do Sul.

Ficamos no pier, as margens do lago Villarrica, por um longo tempo apreciando aquela paisagem que mais parecia um quadro. Fiquei fascinada! Absolutamente belo e traiçoeiro. Imaginar que quando ele bem entender, pode destruir tudo à sua volta… a qualquer dia, a qualquer hora…

Ele roubou meu dia! Sem mais a dizer sobre hoje.
Dia 14.



Osorno, mais ao sul do Chile, na região dos lagos, seria nossa última parada na Panamericana, antes de virarmos leste, em direção à Patagônia Argentina. Montanhas e mais vulcões cobertos de neve. Esta era a paisagem Chilena até cruzarmos a aduana em direção à Villa La Angostura, já na Argentina. Muita fila na aduana, mas bem mais organizada que a de nossa entrada no Chile, próximo à Mendoza, ao norte.
Apesar da placa dizer "Benvenido a Chile", estávamos, na verdade, deixando este país que deixou saudades em nossos corações. Até breve, Chile!

Villa La Angostura mais me pareceu uma aldeia de montanha com uma forte influência alemã. Às margens do Lago Nahuel Huapi e próxima a Bariloche, paramos só para fotos.

Bariloche era nosso próximo destino.
San Carlos de Bariloche, localizada na Província de Rio Negro, junto à Cordilheira dos Andes, foi a cidade mais fria que ficamos nesta viagem. O nome Bariloche provém da palavra “Vuriloche”, que na lingua mapuche, significa “povo de trás da montanha”.
A temperatura aqui ficou abaixo dos 8 graus em toda nossa estada. No primeiro dia nos instalamos em um bom hotel, o que foi difícil de encontar, uma vez que a cidade estava lotada com excurções de estudantes argentinos e de chilenos que fugiram das comemorações do Bicentenário. Em seguida passeamos pela Rua  Bartolomeu Mitre, onde o comércio de roupas de frio e chocolates é intenso.
Voltamos para o hotel com muito frio e cansados. Dormimos como pedras.