Viagem à Israel e Jordânia. 2014


Voando no Mar da Galiléia

               Como começar a escrever sobre uma viagem fantástica? Uma foto talvez, uma frase, uma lembrança... Começar, não deixar nada que foi vivido e experimentado guardado, expor tudo, afinal, tem-se de registrar, compartilhar tudo que é bom!
               Em 14 de março de 2014 entrei em um avião em Foz do Iguaçu, sozinha... há muito tempo não viajava sem a companhia do meu amado. Mas dessa vez fui só eu, afinal, os trabalhos em Foz não podiam parar... alguém ainda tinha que trabalhar... rs.
               Em Guarulhos me encontrei com parte da turma, meus pais e prima Denise. Parte porque só em Tel Aviv nos reuniríamos todos, Paul, Heloisa, Isabela e Elisa, para uma volta ao tempo do Cristo e também viver a Israel do novo milênio. Fantástica!

A turma

             Nosso vôo da Alitalia foi de São Paulo à Roma, onde fizemos uma conecção de Roma à Tel Aviv. Achei interessante quando, ainda no avião, entrando em espaço aéreo Israelense, nos foi dito pela comissária de bordo que o uso de binóculos ou máquina fotográfica dentro do avião a partir daquele momento estavam proibidos. Uma questão de segurança. Ok.
              Pousamos, passamos pela imigração, o que me lembrou a entrada nos Estados Unidos... perguntas do tipo... o porque de sua visita à Israel, quanto tempo de estadia, viagem em grupo ou sozinha, enfim, querem saber tudo. Você não recebe um carimbo no passaporte, mas um "permit", uma espécie de carteira de permissão de estadia por tempo limitado. Na saída, outra carteira, só que rosa, essa consta sua saída do Estado de Israel.
Continuarei...

Tel Aviv é uma cidade moderna. É a segunda maior cidade de Israel e um importante centro econômico, para ser bem exata, Tel Aviv é a capital financeira do país. É a segunda maior economia do Oriente Médio, depois de Dubai.
Esta foto a cima foi tirada de frente ao nosso hotel, Sea Executive Suits. 
A cidade situa-se na costa mediterrânea de Israel. Tivemos o prazer de ter como nosso guia exclusivo, por toda Israel, Offir Horn. Ele nos conduziu por toda Terra Santa, de norte a sul, nos explicando minuciosamente sobre cada lugar, cada ponto turístico.
Offir e meus pais.
Esta foto expressa o quanto foi agradável sua companhia.
http://www.holylandprivatetours.com/AboutMe                            

Passamos 2 dias em Tel Aviv, visitamos museus, feiras e praias.
Abaixo estamos na "Independence Hall" onde David Ben-Gurion fundou o Estado de Israel.
"VEJA - Depois de quase dois milênios, os judeus voltam a ter soberania na Palestina. O que significa, para o senhor, estar à frente do recém-criado estado de Israel, com toda a importância que isso representa para os sionistas no mundo inteiro?
Ben-Gurion - Sem dúvida, algo único aconteceu em Israel, mas somente as gerações futuras poderão avaliar o completo significado histórico deste acontecimento. Por enquanto, posso dizer que temos um caminho tortuoso pela frente. Não devemos nos enganar e pensar que o reconhecimento diplomático de outras nações resolverá nossos problemas. No dia em que proclamamos o estado de Israel, Tel-Aviv foi bombardeada por aviões egípcios. Nosso país foi invadido pelo norte, leste e sul pelos exércitos regulares dos países árabes vizinhos. O governo provisório já fez uma reclamação formal ao Conselho de Segurança a respeito da agressão cometida por membros das Nações Unidas, e pela aliada da Grã-Bretanha, a Transjordânia. É inconcebível que o Conselho de Segurança ignore atos que violam a paz, as leis internacionais e as decisões da ONU. Mas nunca devemos nos esquecer que nossa segurança, no final das contas, depende de nossas próprias forças."  Entrevista concedida em maio de 1948.
Aqui estou no mercado aberto de Carmel, um dos maiores e mais antigos de Israel.Aqui voce encontra de tudo, desde comida, verduras, temperos, calçados, objetos de decoração, tudo a preços negociáveis.

De Tel Aviv seguimos para Jaffa, Yafo, como é conhecida pelos israelenses. É uma cidade portuária de Israel tida como uma das mais antigas do mundo e  a partir de 1950 foi incorporada a Tel Aviv formando uma única municipalidade. Por esta razão, a cidade israelense leva o nome oficial de Tel Aviv-Yafo. Na foto abaixo, estamos em Jaffa e Tel Aviv ao fundo.
Minha irmã Heloisa, meu pai Arédio, minha mãe Cida, eu e minhas sobrinhas Elisa e Isabela.
De acordo com a lenda, Jaffa foi fundada pelo filho de Noé, Jajé. Salomão fez vir madeira do Líbano  pelo mar até Jaffa para construir o Templo em Jerusalém. A história de Jonas e a baleia está associada a Jaffa, pois Jonas saiu daqui com seu barco em sua jornada para Nínive e foi engolido pela baleia. Aqui Pedro reviveu Tabita e ... "Pedro ficou em Jope muitos dias, em casa de um curtido chamado Simão"(Atos 9:43). Aqui ele teve sua visão e foi levado à primeira pregação do Evangelho aos gentios.
Napoleão chegou a invadir Jaffa, Olha ele aí... rs.
De Jaffa seguimos para Cesareia.
Na costa do Mar Mediterrâneo, entre Tel Aviv e Haifa, está um dos mais impressionantes sítios arqueológicos de Israel. O Parque Nacional de Antiguidades, localizado na cidade de Cesareia.
 Pode-se ler claramente: "Pilatos".
Estas ruínas mostram a imponência do Império Romano. Construida por Herodes, o Grande, em 20 a.C.. Seu nome foi uma homenagem a Cesar Augusto. Foi uma das mais esplêndidas cidades do mundo antigo, com todos os luxos que formavam a cultura greco-romana _ um anfiteatro, teatro, um hipódromo e banhos quentes. Por 600 anos foi capital da província da Judéia e residência oficial de seus governantes, incluindo Pôncio Pilatos. Simão Pedro pregou para uma congregação gentia aqui, na casa de Cornélio, o centurião. A Revolta judaica foi iniciada aqui em 66 a.D. contra os romanos que culminou da destruição de Jerusalem e do Templo.
O complexo arquitetônico compreende edificações de diferentes eras, desde o período Helênico até o período das Cruzadas (século 12 d.C.)
Paul, Denise, meu pai, eu e minha mãe ao centro.
De Cesareia seguimos para o Parque Nacional de Megiddo e Patrimônio da Humanidade.
Meus amores Elisa e Isabela correndo pelas ruinas.
Minha comadre Denise e eu fofocando... rs
Quando você está em pé sobre o antigo Monte Megiddo, com os restos de 25 civilizações abaixo dos pés, cada monte e vale que você vê conta uma história bíblica. O Livro das Revelações coloca a grande batalha do Final dos Dias contra este cenário e chama a este lugar de Armagedom.
Outro ponto que chama a atenção em Megiddo é a descida de 180 graus para dentro de um poço e um túnel desbastado em uma façanha surpreendente de engenharia para canalizar a água de uma nascente dentro da cidade no século 8 a.C..
O Túnel dentro do monte.
Visitamos, também, neste mesmo dia, um Kibbutz, que são associações comunitárias que surgiram em Israel no início do século XX e que tinham por objetivo "criar" o Estado de Israel, até então território Turco-Otomano. Neste Kibbutz, em especial, havia uma fábrica de armas clandestina em seu subterrâneo, hoje desativada, é claro.
Seguimos viagem rumo ao norte de Israel, para Akka (Acre).
Em Acre, situada na região da Galiléia, a norte da Bahia de Haifa, na costa do Mediterrâneo nos hospedamos em um excelente hotel. Akkotel.
Na manhã seguinte fomos até a fronteira com o Líbano, a visita a Acre ficaria para depois.
Fomos para Rosh Hanikra, conhecida por suas grutas que recebem o contínuo vai-e-vem das águas do Mediterrâneo. Suas ondas parecem insistir em escalar as paredes de pedra. Chegamos ao túnel artificial depois de uma descida num bondinho. A descida é rápida, 2 minutos. Nos túneis, andamos por formações rochosas que têm uma iluminação única quando o mar avança. O som e a visão são hipnotizantes. Experiência única!
 
Ao fundo o Mar Mediterrâneo.
Minha querida mãe, minha comadre e eu. Ao fundo o belo Mar Mediterrâneo.
O bondinho.
No interior da gruta.
Ficar observando o vai e vem das ondas nas rochas é hipnotizante.
Heloisa minha irmã e Paul meu cunhado.
No túnel escavado em 1943 para ampliar a linha férrea Cairo-Haifa até Beirute, em uma parte adaptada, é possível assistir um filme que conta a lenda do local. Uma jovem teria se recusado a se casar com um homem bem mais velho a mando de seu pai e se jogou no mar. Até hoje seria possível ouvir seu canto vindo das grutas de Rosh Hanikra.
No final da trilha, chega-se a fronteira com o Líbano. Um ponto surreal da viagem. E pensar que é proibido ultrapassar a fronteira. E o direito de ir e vir?
Nesta foto fica bem claro onde o Mar de Israel vira o Mar do Líbano. Do lado Israelense, a costa está bem guardada.
Nazaré é nossa próxima parada.